Por Tatiana Silva
Esse texto irá colocar em questão a violência na contemporaneidade e a infância, diante de uma cultura de imagens que banaliza a violência e coloca diante das crianças contemporâneas uma cultura de prazer pelo prazer, na qual o imaginário assume a cena de forma alienante, em meio a uma precária simbolização.
Fica claro perceber a grande lacuna de significação a qual nossa sociedade se imerge cada vez mais. A dificuldade de lidar com o mal estar vem se tornando fonte de lucro para aqueles que prometem soluções milagrosas e satisfação plena. É claro que a satisfação plena é uma ilusão, uma vez que, o que nos move é o desejar.
A satisfação prometida tal qual se configura na contemporaneidade, esvazia o sujeito de buscar significação para as coisas que o atravessam, de modo à simplesmente, fazê-lo buscar um prazer pelo prazer, sem significação, sem movimento construtivo. Isso faz com que o indivíduo se torne objeto de uma satisfação ilusória e não um ser que deseja, que se movimenta em meio aquilo que o angustia.
Essa busca pelo gozo narcísico é defendida fortemente pelos parâmetros da sociedade de consumo, que se posiciona no sentido como uma construção de um sujeito alvo de todas as possibilidades que permeiam o universo contemporâneo. Tais possibilidades despertam um gozo que vai além da tentativa de concretizar uma satisfação ilusória, mas que também permeia o gozo ditado pelo Outro (sociedade), ou seja, esvazia-se do que é desejo para se por em posição objetivada diante das premissas de prazer, felicidade, liberdade que propõe a ideologia contemporânea.
No entanto, o que tal ideologia não percebe (ou não aceita), é um sujeito autônomo, que para tal posicionamento necessita se haver com o mal-estar e se mover diante dele.
Isto se agrava em relação à criança que recebe uma sobrecarga de estimulação afetando sua mente em processo de formação e desenvolvimento. Essa sobrecarga, principalmente no que se refere à disseminação da violência nos veículos de mídia, possibilita que, aspectos como a agressividade, extrapole os limites de uma tensão que movimenta e se transforma em violência.
Enfim, diante desses aspectos da contemporaneidade cujas referências estão cada vez mais precárias e a alienação leva a ações que não passam pelo pensar simbólico, é importante pensar os efeitos desse contexto nas crianças e em que tipo de adultos se tornarão. Essa é de fato, uma questão desafiadora para os psicólogos da atualidade.
Fica claro perceber a grande lacuna de significação a qual nossa sociedade se imerge cada vez mais. A dificuldade de lidar com o mal estar vem se tornando fonte de lucro para aqueles que prometem soluções milagrosas e satisfação plena. É claro que a satisfação plena é uma ilusão, uma vez que, o que nos move é o desejar.
A satisfação prometida tal qual se configura na contemporaneidade, esvazia o sujeito de buscar significação para as coisas que o atravessam, de modo à simplesmente, fazê-lo buscar um prazer pelo prazer, sem significação, sem movimento construtivo. Isso faz com que o indivíduo se torne objeto de uma satisfação ilusória e não um ser que deseja, que se movimenta em meio aquilo que o angustia.
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Essa busca pelo gozo narcísico é defendida fortemente pelos parâmetros da sociedade de consumo, que se posiciona no sentido como uma construção de um sujeito alvo de todas as possibilidades que permeiam o universo contemporâneo. Tais possibilidades despertam um gozo que vai além da tentativa de concretizar uma satisfação ilusória, mas que também permeia o gozo ditado pelo Outro (sociedade), ou seja, esvazia-se do que é desejo para se por em posição objetivada diante das premissas de prazer, felicidade, liberdade que propõe a ideologia contemporânea.
No entanto, o que tal ideologia não percebe (ou não aceita), é um sujeito autônomo, que para tal posicionamento necessita se haver com o mal-estar e se mover diante dele.
Isto se agrava em relação à criança que recebe uma sobrecarga de estimulação afetando sua mente em processo de formação e desenvolvimento. Essa sobrecarga, principalmente no que se refere à disseminação da violência nos veículos de mídia, possibilita que, aspectos como a agressividade, extrapole os limites de uma tensão que movimenta e se transforma em violência.
Enfim, diante desses aspectos da contemporaneidade cujas referências estão cada vez mais precárias e a alienação leva a ações que não passam pelo pensar simbólico, é importante pensar os efeitos desse contexto nas crianças e em que tipo de adultos se tornarão. Essa é de fato, uma questão desafiadora para os psicólogos da atualidade.
REFERÊNCIAS:
BUCCI, Eugênio. A entrada precoce da criança no mundo do consumo. In:COMPARATO, Maria Cecília Mazzilli; MONTEIRO, Denise de Sousa Feliciano. A criança na contemporaneidade e a Psicanálise: mentes e mídia: diálogos interdisciplinares. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. P. 87-94.
CECCARELLI, Paulo Roberto. Os efeitos perversos da televisão. In:COMPARATO, Maria Cecília Mazzilli; MONTEIRO, Denise de Sousa Feliciano. A criança na contemporaneidade e a Psicanálise: mentes e mídia: diálogos interdisciplinares. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. P. 75-86.
KEHL, Maria Rita. A violência do imaginário. In:COMPARATO, Maria Cecília Mazzilli; MONTEIRO, Denise de Sousa Feliciano. A criança na contemporaneidade e a Psicanálise: mentes e mídia: diálogos interdisciplinares. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. P. 45-60.
VASCONCELLOS, Amélia Thereza de Moura. In:COMPARATO, Maria Cecília Mazzilli; MONTEIRO, Denise de Sousa Feliciano. A criança na contemporaneidade e a Psicanálise: mentes e mídia: diálogos interdisciplinares. São Paulo: Casa do Psicólogo, 2001. P. 61-73.
Mensagem da administradora do blog:
Minha biografia fica automática nas postagens, mas esta, especificamente, não é de minha autoria, e sim da minha amiga Tatiana Silva.
Obrigada Tati, por enriquecer o educar mais blog!
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